Alô leitores! Trago aqui uma questão que acho interessante para refletirmos juntos: a autoimagem, ou seja, a ideia que cada um tem sobre si mesmo.
Temos uma concepção de nós mesmos que vamos construindo ao longo da nossa vida. Vamos criando uma personalidade e nos amarrando a ela. A personalidade é o que nos faz sentir que somos alguém, nos dá estrutura.
E claro, isso é necessário. Mas creio que acabamos ficando presos nesta identidade. Como se uma vez criada, fosse difícil modificá-la com fluidez.
Eu observo as crianças, elas têm a capacidade de ser diferentes a cada dia, pois elas são flexíveis. Mas na medida que vamos envelhecendo, essa ideia de nós mesmos vai se endurecendo.
Penso que abunda a tendência de estabilizar e fixar aquilo que “somos”. Dá-nos mais calma e segurança a certeza do que a espontaneidade.
Também acho que grande parte de essa autoimagem é modelada pelo dever. Todos queremos ser aceitos, né? Então vamos tomando certas formas para encaixar.
Então, o que eu quero gerar aqui, é a indagação sobre quão livres somos de romper os nossos próprios padrões, a maioria herdados. Essa nossa autoimagem, está aberta a transformações?
Tudo muda, então por que não estamos abertos a mudanças também?
Quando viajamos, por exemplo, e vamos a lugares onde ninguém nos conhece, sentimo-nos mais livres e espontâneos. Será que sentimos menos pressões sobre o que devemos ser?
Mais cedo ou mais tarde, a gente tenta recuperar a nossa essência que ficou lá atrás da personalidade, tentando resgatá-la e descobrir quem somos por trás dos mandatos sociais.
E o que é aquilo que está por baixo da nossa autoimagem? Acredito que seja nossa alma. Podemos reconhecê-la e permitir que se expresse? Imagino que se deixarmos isso acontecer seríamos mais felizes.
Bora tentar?